domingo, 29 de maio de 2011

talvez isso seja algo — parte O2

Estou vivo, apesar de não acreditar nisso. Continuo rezando, apesar de que ele não responde quando pergunto as coisas. Meu dia está sinceramente catastrófico, e sei que quando eles etão assim, os seus devem estar muito bem. Os pedacinhos do meu coração estão todos no chão do meu quarto, e o sangue de quando soquei o espelho ainda estã lá. De vez em quando confundo os cacos do espelho com os do meu coração, então tenho que olhar bem de perto para ver quais deles me refletem. Os que o fazem, são o meu coração. Os outros, que nada mais consegue refletir ou sentir, deixam que as imagens e sensações os atravessem completamente, pois não conseguem mais absorver qualquer conteúdo e devolvê-lo. Mas que diferença vai fazer, de qualquer forma? Ainda não inventaram uma cola forte o suficiente para concertá-lo, e nem sentimento tão mágico que consiga recuperá-lo. o que resultará nestes permanecendo onde estão por muitas décadas, até que alguém os encontre e os jogue na lixeira.

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