domingo, 29 de maio de 2011

pensamento impessoal — parte O2

Ultimamente não me contro em situação saudável. Não há nada de errado com o meu corpo, digo, do pescoço para baixo. Acima dele porém, reações químicas e neurônios que possuem graves problemas funcionais parecem ter entrado em circuito. Tudo porque apareceu alguém
Tenho certeza de que, se não fosse comigo, seria com algum outro. Todos ficaram me dizendo que eu não devia fazer isso, que essa pessoa na verdade poderia estar brincando comigo e o resultado final desse jogo seria a minha destruição. Ri da cara deles e disse que era impossível ficar ainda mais destruído. Apontei os cacos de vidro no chão e perguntei se eles não conheciam aqueles ítens pequenos e frágeis. "É meu coração", disse, e eles apenas me olharam como se lamentassem aquilo, apesar de que na verdade sabia que sentiam um imenso ciúmes da pessoa que o quebrara sem querer. E nem sequer fora culpa dela, quero dizer, fui eu quem terminei! Não me arrependo, porém.
Sabia que ao dizer que era o fim, ficaria na verdade perdido. Minha vida, nos últimos meses, praticamente se baseara nela. Em ser feliz com ela. Dizer que a amava e ouvir as mesmas palavras, em línguas diferentes e ditos por lábios sorridentes. Aquela garota virou minha melhor amiga, e ao terminarmos como namorados, senti que perdi também a minha melhor companheira. Nossas conversas eram divertidas, calmas, e ela me entendia quando eu surtava. Não se importava se eu começava gritar ou a chorar em uma crise, e começava a chamá-la de todos os palavreados possíveis, porque precisava extravasar e ela era a pessoa mais próxima para isso. Foi quem mais me entendeu, para ser bem franco, e eu sou agradecido, com todo o meu coração, por mesmo que ela não tenha conseguido captar todas as loucuras que minha mente fazia, sentia e pensava, tenha continuado comigo em minhas loucuras diárias.
Agora é passado, porém, e não me arrependo, repito. Penso que é o momento de procurar por outras pessoas, de tentar voltar com aquela minha idéia maluca de que na verdade todos podiam me compreender, caso se esforçassem só um pouquinho. O tempo passa, conheci alguém, e não tenho certeza se posso dizer que chegue a me entender. Sequer acredito que permaneça comigo por mais de uma semana, apesar de que nosso título honorário é apenas o de "pessoas que estão se conhecendo". Sinto que irá me abandonar, apesar de que fale que não o fará. O expliquei toda a minha loucura e minha situação., e felizmente continua aqui tentando quebrar essa corrente de carência que me faz querer ficar vinte e quatro horas abraçado, porém não tenho certeza se consegue. Aturar, digo.
Bem, avisei que possuo problemas psicológicos para aquela mente que certamente também deve possuir. Devo assumir que estou começando a me apaixonar, apesar de não ser um sentimento ainda tão profundo, mas vai chegar lá um dia. Estamos no início, e queria realmente que o fim não chegasse tão perto, apesar de ter aprendido que tudo chega.

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