sexta-feira, 3 de junho de 2011

romantismo morto — parte O1

Esse é o momento em que todos se arrependem de não ter nascido na Europa ou América do Norte. Quando nós nos vemos bêbados em baladas ou festinhas de amigos, beijando pessoas desconhecidas apenas para preencher um certo vazio ou para acabar com aquele tesão acumulado. Ah, sim, todos temos isso, até nossos pais tiveram, por incrível que pareça. E isso é triste.
     O Brasil acabou se acostumando com o verbo "ficar", todos apenas querem saber dessa palavra. É como se ficar fosse a prévia do namoro, na maioria dos casos. Enquanto isso os EUA nem possuem esse verbo. Interessante, não? O quanto o brasileiro necessita de beijar na boca? Isso só me faz pensar que o vazio que tem em nossos corações, é maior do que o dos americanos. Então alguém vem e diz que isso é impossível, pois estamos com praticamente os mesmos níveis de vida praticamente. Que não existe vazio no coração maior do que outro. Que na verdade tudo é química e biologia, e sentimentos nem existem.
      Essa frase é minha.
     Seria pedir demais, que nossos colegas compatriotas se acalmassem um pouco, pelo visto. Mas infelizmente, dói assistir que para se beijar lá, você tem que no mínimo gostar bastante da pessoa, enquanto que para beijar aqui, precisa de um copo de vodka com coca-cola. Se dizem que o brasileiro está se "americanizando", acredito que não copiamos as melhores coisas. Como sempre.

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